Atlas da Acidentalidade 2018 mostra os piores trechos nas rodovias federais

30 de setembro de 2018

O Atlas da Acidentalidade no Transporte aponta uma redução em 2,5% de mortos e 13,3% de feridos graves em acidentes nas rodovias federais entre 2016 e 2017. Os seis piores trechos de 10 quilômetros estão localizados nos estados de Santa Catarina, Espírito Santo, São Paulo, Pará, Paraná. O Atlas é editado pelo Programa Volvo de Segurança no Trânsito (PVST), em parceria com a Polícia Rodoviária Federal e a TecnoMetrica e traz informações sobre as principais causas, as mais letais, os pontos de maior índice de acidentes e mortes e também os trechos com índices de periculosidade elevados e moderados.

“Segurança é um valor fundamental da Volvo. Somos incansáveis em ações para aumentar a conscientização e reduzir acidentes. Há mais de 30 anos por meio do Programa Volvo de Segurança no Trânsito fomentamos ações e debates”, afirma Solange Fusco, diretora de Comunicação Corporativa do Grupo Volvo América Latina.

O Atlas da Acidentalidade no Transporte, lançado em 2016, apresenta um diagnóstico completo de acidentes de trânsito do país, indicando os piores trechos, as principais causas e as mais letais, os dias da semana e o horário em que mais acontecem acidentes e por tipo de veículo.

A edição de 2018 do Atlas revela que o ranking dos estados com maior número de mortes por mil quilômetros de rodovia federal é composto por: Espírito Santo (246), São Paulo (237), Rio de Janeiro (237), Distrito Federal (228) e Sergipe (159), respectivamente. Em número absoluto de mortes: Minas Gerais (869); Paraná (613); Bahia (594); Rio Grande do Sul (391) e Santa Catarina (381).

“Os dados servem de orientação para a população em geral quanto aos riscos nas rodovias federais e também para as empresas de transportes, que poderão utilizar essa base rica para melhor gerenciar os riscos das viagens”, destaca Anaelse Oliveira, responsável pelo Programa Volvo de Segurança no Trânsito - PVST.


Balanço das estradas em 2017


Em 2017, foram registrados 89.396 acidentes nas rodovias federais, com 6.243 mortes, o que representa uma média de 17 óbitos por dia. As estatísticas das BRs também revelam que no período dos últimos dez anos, o ano de 2011 apresentou o maior número de acidentes e mortes, 192.326 e 8.675, respectivamente.

A principal causa do maior número de mortes nas rodovias federais em todos os estados em 2017 foi a falta de atenção. Porém, a causa com maior índice médio de gravidade (6,8) é a ultrapassagem indevida, que responde por 2.053 acidentes e 425 mortes, seguido de desobediência à sinalização (5,4); ingestão de álcool e velocidade incompatível (ambos com 4,8).

A partir de 2012, há significativa melhora na gravidade total dos acidentes, com forte tendência de queda e uma redução de 30% entre 2011 e 2017. Essa tendência, em maior ou menor intensidade, é observada em todos os estados, exceto em Roraima.

Outra informação positiva está na melhora do índice de periculosidade nos últimos 10 anos em várias localidades. O Atlas 2018 destaca os cinco trechos de 10 quilômetros em rodovias federais, nos quais a redução no número de óbitos foi expressiva. (VIDE TABELA 1)

A Polícia Rodoviária Federal informou que houve otimização do efetivo em trechos mais críticos apontados pelas análises estatísticas. "Esta foi uma forma eficiente encontrada pela PRF para atuar com o objetivo de redução dos acidentes e, principalmente, seu grau de letalidade. As ações institucionais contaram também com o emprego de tecnologia; em destaque para o uso de radares fotográficos portáteis e etilômetros (bafômetros). Destacamos que no tripé do trânsito, a educação, a infraestrutura e o esforço legal devem andar juntos e atuar de maneira harmônica. A PRF atua como um importante ator neste contexto", afirma Anderson Poddis, Coordenador de Comunicação Social - Substituto da PRF.

O Atlas 2018 revela o ranking com os 06 piores trechos de 10 quilômetros de todas as rodovias federais com maior acidentalidade em 2017.  Ocupando as 1ª e 5ª posições estão os trechos do km 204 ao km 213 (BR 101) e do km 0 ao km 9 (BR 282), localizados na Região Metropolitana da grande Florianópolis, em Santa Catarina. As demais posições são ocupadas por trechos localizados nos Estados do Espírito Santo, São Paulo, Pará e Paraná. (VIDE TABELA 2). Entre as principais causas de acidentes nesses trechos estão: falta de atenção à condução, velocidade incompatível, falta de atenção do pedestre e ultrapassagem indevida.

 

Atlas 2018

 

A principal inovação no Atlas 2018 foi a quantificação da gravidade associada a cada acidente, focando no número de pessoas envolvidas, classificando-as segundo critérios da Polícia Rodoviária Federal.  Essa análise dos dados passou a ser feita a partir de uma nova definição, o índice de periculosidade, que leva em conta todos os envolvidos no acidente - ilesos, vítimas leves, vítimas graves, mortos - e não apenas os critérios de classificação dos acidentes pela gravidade, como anteriormente.

“Usamos um critério de periculosidade que pudesse ser associado a cada ponto de uma rodovia, permitindo apontar os trechos de modera e alta periculosidade”, explica Prof. Sebastião de Amorim, diretor técnico da TecnoMetrica, empresa responsável pelo tratamento dos dados da PRF para o Atlas.

O portal Atlas da Acidentalidade no Transporte Brasileiro é uma das ações do Programa Volvo de Segurança no Trânsito (PVST) dentro da visão Zero Acidentes, que tem como ideal de futuro zerar o número de acidentes com veículos comerciais Volvo.

O Atlas da Acidentalidade no Transporte Brasileiro pode ser acessado gratuitamente no link:

www.atlasacidentalidadenotransporte.com.br

 

TABELA 1 - TRECHOS DE 10 KM COM EXPRESSIVA REDUÇÃO NO NÚMERO DE ÓBITOS NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS (2007 – 2017)

 

Rodovia

Trecho (km)

Estado

Maior registro de mortes/Ano

Mortos/2017

BR-153

km 504 ao 513

Goiás (GO)

25 mortes (2010)

3

BR-222

km 2 ao 11

Ceará (CE)

24 mortes (2010)

9

BR-262

km 1 ao 10

Espírito Santo (ES)

19 mortes (2011)

2

BR-381

km 481 ao 490

Minas Gerais (MG)

16 mortes (2011)

6

BR-101

km 94 ao 103

Rio Grande do Norte (RN)

17 mortes (2012)

6

 


TABELA 1 - TRECHOS DE 10 KM COM EXPRESSIVA REDUÇÃO NO NÚMERO DE ÓBITOS NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS (2007 – 2017)

 

Rodovia

Trecho (km)

Estado

Maior registro de mortes/Ano

Mortos/2017

BR-153

km 504 ao 513

Goiás (GO)

25 mortes (2010)

3

BR-222

km 2 ao 11

Ceará (CE)

24 mortes (2010)

9

BR-262

km 1 ao 10

Espírito Santo (ES)

19 mortes (2011)

2

BR-381

km 481 ao 490

Minas Gerais (MG)

16 mortes (2011)

6

BR-101

km 94 ao 103

Rio Grande do Norte (RN)

17 mortes (2012)

6

 

TABELA 2 – RANKING SEIS PIORES TRECHOS DE TODAS AS RODOVIAS FEDERAIS - 2017

Ranking
Piores Trechos

(Acidentes com todos os tipos de veículos)

Rodovia

Trecho (km)

Localidade/Estado

Número total de acidentes

BR-101 SC

Do km 204 ao 213

São José, Região Metropolitana de Florianópolis (SC)

807

BR 101 - ES

Do km 262 ao 271

Serra, Região Metropolitana de Vitória (ES)

384

BR-116 SP – Via Dutra

Do km 216 ao 225

Guarulhos (SP)

479

BR-316 -PA

Do km 1 ao 10

Ananindeua, região Metropolitana de Belém (PA)

330

BR 282 - SC

Do km 0 ao 9

São José Região Metropolitana de Florianópolis (SC)

298

BR-376 - PR

Do km 174 ao 183

Maringá (PR)

362