De acordo com estudo realizado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) sobre o impacto das condições da infraestrutura rodoviária na ocorrência e na gravidade dos acidentes:
- Ao fator humano tem sido atribuída a maioria das causas de acidentes. Contudo, constata-se que deficiências das rodovias, sobretudo de sinalização, são fortes indutores à ocorrência de acidentes.
- Há forte correlação entre sinalização deficiente e o aumento do nível de letalidade dos acidentes.
- Sinalização com problema é responsável pelo maior número de mortes. Nos trechos com sinalização considerada péssima, são 13,0 mortes a cada 100 acidentes (+52,9%). Onde a sinalização é ótima, o número cai para 8,5.
- 47,7% dos acidentes e das mortes ocorre em trechos com problemas de pintura da faixa central (desgastada o inexistente). Onde há problemas na pintura lateral, há uma concentração de 49,5% dos acidentes com vítimas e de 53,5% das mortes.
- Ausência de placa de limite de velocidade dobra o risco de morte. Onde as placas são ausentes, o índice de mortes por 10 km de extensão é de 19,9. Onde elas são presentes, cai para 10,2.
- Trechos com falta de legibilidade das placas (placas ilegíveis), aumentam em 19,6% a chance de óbitos por acidentes em relação aos locais onde elas estão legíveis.
- Rodovias com traçado ruim matam mais. Nos trechos em que a geometria da via é considerada ótima (33,5 acidentes por 10 km de extensão), há mais acidentes do que os locais onde é péssima (7,3 acidentes por 10 km de extensão). Entretanto, o índice de mortes é bem maior onde o traçado é péssimo. Nas rodovias em que a geometria é péssima, são 13,3 mortes por 100 acidentes. Nas ótimas, são 7,0.
Todos nós temos pelo menos 1 pessoa muito próxima vítima de um grave acidente de trânsito. Fatalidade? Nem sempre.
Você já se perguntou se a via onde ocorreu o acidente tinha infraestrutura adequada que pudesse evitar ou mesmo reduzir a severidade do acidente ?
Eu me perguntei, e segue meu 1 minuto de reflexão:
"Uma pessoa muito próxima a mim, 38 anos, pai de 2 filhos, uma curva, um ponto crítico no retorvisor, um acidente, uma árvore ... 6 meses hospitalizado, 11 cirurgias, 7 anos de tratamento, milhares gastos em medicamentos, uma deficiência física permanente, e tudo isso poderia ter sido evitado se ali estivesse 1 único dispositivo de contenção, se o conceito das Vias que Perdoam fosse aplicado."
Hoje o conceito de Vias que Perdoam já é uma realidade, normas e manuais técnicos visam garantir uma infraestrutura adequada, com eficiência em segurança. O que precisamos é exigir como usuários a aplicabilidade e investimentos, trazer para a prática.
Convido a todos para também fazer seu um minuto de reflexão, e se possível, compartilhar conosco.
Vamos todos PROMOVER A SEGURANÇA VIÁRIA PARA PRIORIZAR A VIDA !
PARTICIPE, ENVIE PARA NÓS SUA REFLEXÃO !
Por:
Luciana Carvalho Monteiro Penteado
Diretora Executiva da ABSeV